sábado, 2 de agosto de 2008

Fora de Deus não há salvação.

“E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos." Atos, 4:12

Há no coração do homem incrustado o desejo genuíno de ser salvo. De ter seus erros, suas maldades e pecados perdoados e esquecidos.

Isso faz com que muitos corram atrás do prejuízo com tal ansiedade que acabam por enredar-se em caminhos contrários da salvação. Clamam a homens e mulheres que já morreram, espíritos mais "iluminados".
E há pessoas que acreditam que possam livrar-se dos seus erros e pecados reencarnando, reencarnando, reencarnando... Outros até mesmo inventam meios de serem salvos.

Uns pensam que Buda pode salvá-los. E os seguidores de Kardec esperam em sua doutrina anti-bíblica a recompensa de terem sido bons em alguma vida que viveram.
E há ainda os vão em terreiros de quimbanda, umbanda, macumba, atrás de benefícios, vinganças, passes, descarregos, o que nem sempre é barato.

As bruxas voltaram à moda. Os homens estão adorando as criaturas em vez do Criador, exemplos: os anjos, os homens e as mulheres, que passaram por essa terra, que estão sendo adorados como deuses. Sem falar nos gnomos, fadas, e tantas outras besteiras.

Há também os que fazem sacrifícios, jejuns, e até mesmo punem-se de modo que terminam todos cortados e chicoteados na busca por sua remissão.


Mas, o que diz a Bíblia?

A religiosidade e a salvação.

Em Marcos 10: 17-22 está um exemplo de religiosidade improdutiva. Como veremos:

“E, pondo Jesus a caminho, correu um homem a seu encontro e, ajoelhando-se perguntou-lhe: Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna?
Respondeu-lhe Jesus: Por que me chamas bom? Ninguém é bom senão um só, que é Deus.

Sabes os mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não dirás falso testemunho, não defraudarás ninguém, honra teu pai e tua mãe?
Então ele respondeu: Mestre, tudo isso tenho observado desde a minha juventude.

Mas Jesus, fitando-o, o amou e disse: Só uma cousa te falta: vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; então vem e segue-me.
Ele, porém, contrariado com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de muitas propriedades."

Jesus está ensinando uma importante lição aqui. Há muita gente que acha que pode ganhar a salvação porque conhece a lei, porque freqüenta uma igreja, porque é religioso.

Mas vemos que esse homem tinha muita coisa a seu favor. Era religioso, conhecia os mandamentos e os observava, (que tem o sentido de cumprir) como ele próprio disse.
Mas, quando Jesus lhe pediu que vendesse tudo o que possuía e entregasse aos pobres, entristeceu-se e foi embora.

A Bíblia diz que "onde está o teu tesouro aí está também o teu coração.” (Mateus 6:21)
O tesouro e o coração desse homem estavam nas suas riquezas. Tanto que não foi capaz de se desfazer dele para seguir ao Senhor, tendo tesouro maior no céu.

Não que a Bíblia ou Deus condenem a riqueza. Mas condenável é o amor excessivo a ela, ou o seu uso irresponsável enquanto muitos passam necessidades vivendo uma vida subumana.

A sua religiosidade, o conhecer a lei, e o prostrar-se diante do Senhor para com ele falar, não lhe garantiram salvação. Pois Jesus não queria simplesmente seu dinheiro, mas sim toda a vida dele, e o seu coração cativo ao Deus verdadeiro em vez de Mammom “deus das riquezas”.

E agora cito um homem que muito admiro: “A igreja pode se inimizar com os poderosos, mas não pode escandalizar e fazer sofrer os pobres, porque então ela estará traindo diretamente a herança de Jesus. E quem tiver tal prática, pouco importa sua pretensa aura de santidade, terá de responder seriamente diante do juízo de Deus”. (Leonard Boff; Homem Satã ou Anjo Bom? Ed. Record.2008)

A igreja não pode se dobrar diante de Mammom ou de seus legítimos representantes (as riquezas e os ricos e poderosos). Pelo contrario! De alguma forma deve fazer com que haja uma redistribuição de renda, de modo que (utopicamente falando) não haja mais quem tenha necessidades que não lhe sejam supridas pelos que se denominam cristãos.

A igreja não deve se inimizar dos ricos e poderosos. Mas ensiná-los, dando exemplos de como se deve administrar riquezas de modo a suprir a carência dos menos favorecidos, desfazendo assim uma das injustiças que jazem neste sistema de corrupção do ser humano natural.

Tudo isso deveria se dar no próprio contexto e comunidade em que a igreja esteja inserida. De que adianta enviar missionários para o outro lado do planeta, se o meio em a igreja se encontra (seu entorno) continua sendo esmagado pelo sistema mundano corrompido pelo pecado, sem que esta não faça nenhuma diferença?

Lembrando também de que há muitos evangélicos necessitando do verdadeiro evangelho da salvação para serem libertos do emaranhado em que líderes inescrupulosos os mantêm à custa da falta de conhecimento da Palavra. São escravos de sacrifícios, devoções idólatras e correntes hereges, que mais os afastam da verdade libertadora pregada por Cristo e seus apóstolos, do que os abençoam.
Muitas pessoas dizendo-se cheias do Espírito Santo estão fazendo verdadeira obra para o anticristo. Muitas pessoas estão sendo enganadas.


Outro exemplo está em João 4: 16-21.
“Acudiu-lhe Jesus: Vai chama teu marido e vem cá; ao que lhe respondeu a mulher: Não tenho marido. Replicou-lhe Jesus: Bem disseste, não tenho marido; porque cinco maridos já tiveste, e esse que agora tens não é teu marido; isto disseste com verdade.

Senhor, disse-lhe a mulher: Vejo que tu és profeta.
Nossos pais adoravam neste monte; vós, entretanto, dizeis que em Jerusalém é o lugar onde se deve adorar.
Disse-lhes Jesus: Mulher, podes crer-me, que a hora vem, quando nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis ao Pai.
Vós adorais o que não conheceis, nós adoramos o que conhecemos, porque a salvação vem dos judeus."

Essa mulher também tinha um senso de religião. Era religiosa (o que nada tem a ver com mudança de vida), e vinha de uma família de religiosos, pois havia aprendido com seus pais a adorar no monte.
Mas na verdade ela não conhecia a Deus, como o próprio Jesus disse; "vós adorais o que não conheceis..." E o fato de ter sido casada cinco vezes e atualmente viver com um homem não sendo este seu marido, prova-nos que a religiosidade não é suficiente para transformar nossa vida, e muito menos garantir-nos a salvação.

Somente Deus pode transformar-nos, melhorar-nos, salvar-nos, através da atuação do seu Santo Espírito, aos que entregam o comando de suas vidas a Jesus Cristo, cabeça da nova criação, crendo em seu suficiente sacrifício expiatório.

Não importa há quanto tempo estamos freqüentando uma igreja, se nascemos nela, ou se somos de família tradicional evangélico-cristã. Se não tivermos um contato, uma experiência pessoal com Jesus, e viver como pertencentes à nova criação, de nada adianta nossa religião ou religiosidade.

Não há outra maneira de ser parte da nova criação, de ser cidadão celestial (escatologicamente falando), a não ser através de Jesus Cristo.

Obras

Efésios 2: 8-9 diz: " Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras para que ninguém se glorie."

E em Romanos 11:6 está escrito: “E se é pela graça, já não é pelas obras; do contrário, a graça já não é graça”.

A salvação não pode ser comprada e não pode ser vendida.
Não pode ser comprada ou conquistada com boas obras, sendo nós bonzinhos e caridosos.

O ser bom e religioso, não é suficiente para garantir a "vaga lá no céu”. Mas, somente o crer no Senhor Jesus, e fazer a obra que como igreja fomos incumbidos, que é manifestar esse reino de que agora fazemos parte ao sistema mundano corrompido.

Pois para sermos salvos, Deus já fez a sua parte dando-nos "seu Filho unigênito pra que todo aquele que nele crê, não pereça mas, tenha a vida eterna."

Se crermos em Jesus, e gastarmo-nos no trabalho do reino, então o ser bom, generoso, vem como conseqüência, como fruto de um enxerto bem feito na videira verdadeira.

A conseqüência da fé salvífica de Jesus implica em; que essa mesma fé de Cristo que em nós produziu a salvação, produza agora os frutos de uma vida inundada pelo amor de Deus. Os frutos, ou seja, as obras não salvam. Mas se a salvação não produzir frutos, não é salvação. É apenas religiosidade.

“E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos." Atos, 4:12

By Presbítero Fabrício Canalis

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