sábado, 2 de agosto de 2008

A oração do "Pai Nosso"


"Portanto, vós orareis assim: Pai nosso que estais nos céus, santificado seja o teu nome; venha o teu reino, faça-se a tua vontade, assim na terra como no céu; o pão nosso de cada dia dá-nos hoje; e perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores; e não nos deixes cair em tentação; mas, livra-nos do mal [ pois teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém.]" Mateus, 6: 9-13

Ao ler este texto ou meditar nesta oração, me vem à mente o seguinte:
Sabemos o que temos orado?
Entendemos o significado desta oração?
Será que não estamos simplesmente apenas balbuciando palavras sem sentido quando pronunciamos tal oração?

Não é possível fazer com sinceridade esta oração sem que nada mude em nossa vida.
Talvez a oração do "Pai Nosso" saia dos nossos lábios como o Senhor nos ensinou, mas, no coração tenha outro sentido. E em vez de orarmos a oração que o Senhor nos ensinou, fazemos a oração que o pecado nos ensina.

Algo como:
"Pai meu, que estais bem longe lá no céu;" Pois revelo, com meus atos, todo o egoísmo e a falta do sentimento de irmandade desejado, e ensinado por Cristo. Bem longe lá no céu; porque não tenho manifestado, ou demonstrado a presença de Deus em mim através de minha falta de caridade.

"Santificado seja o teu nome por ti próprio"; Porque às vezes não estou nem a fim de santificá-lo, pois implica em ser para a glória de Deus e glorificá-lo em todos os instantes. E meu ego como fica?

Venha o teu reino e seja feita a tua vontade, desde que não me incomode, e não ameace o meu domínio sobre mim mesmo. Pois existem coisas que não quero deixar de fazer, e não me agrada a idéia de não ser "dono de mim". E a tua vontade pode ser feita somente quando não for contrária à minha.

O pão meu de cada dia, dá-me hoje, amanhã, e todos os dias, e os outros que se virem para arrumar o seu sustento. Porque não me preocupo realmente se os outros tem ou não comida. E de preferência, que não venham me incomodar os pedintes que não tem o que comer. Pois só aparecem para incomodar e nas horas impróprias: como nas horas das refeições por exemplo.

Perdoa as minhas dívidas e erros, pois o Senhor sabe que não fiz por mal; e faça com que os meus devedores me paguem, e sofram muito os que me ofenderam. Pois onde já se viu fazerem contra o que fizeram, vão ter que pagar, estão pensando o que?!

E pode me deixar cair em algumas "deliciosas tentações", aquelas que o Senhor sabe que gosto, que ficam ocultas bem no fundinho do meu coração, mas, livra-me do mal, (credo, eu ein!)!

Pois, com a "cara de pau" ainda tenho coragem de dizer, teu é o reino, o poder e a glória para sempre."

Não quero escandalizar, mas fazer com que pensemos realmente, se nosso coração não ora diferente.
Pois Deus sonda os corações, e sabe qual oração que temos lá.
Não adianta falar uma coisa, e Deus estar vendo outra coisa dentro de nós.

Meditemos nisso, com sinceridade, e oremos para que Deus mude o nosso coração, caso seja necessário, dando um coração puro e sincero.
A ponto de não somente lançar palavras ao vento e oramos como o pecado em nós nos impele. Mas orar como o Senhor nos ensinou produzindo em nós os frutos que o Ele desejou ao nos ensiná-la.

By Presbítero Fabrício Canalis

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