domingo, 28 de junho de 2009

O prazer de Deus

“E eis uma voz dos céus, que dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo.”(Mateus 3:17)

Esse texto contém uma verdade maravilhosa, algo que realmente nos liberta e nos conforta. Tira de nossos ombros um grande peso: o de agradar a Deus com nossos atos e ações.


Deus só podia ter prazer através de Cristo, ou seja, nele mesmo como Deus que é. Mas após a morte e ressurreição de Jesus foi-nos aberto o caminho para a salvação através da justificação pela fé em Cristo.

Então a fé de Cristo em nós opera a conversão e a transformação necessária para que Deus possa ter prazer em nós e através de nós. A partir daí somos única e exclusivamente para o prazer de Deus.

Ô gloria! Que coisa maravilhosa! Como conseqüência do crer em Jesus obtivemos salvação e Deus passa a ter prazer em nós.

Isso traz alívio para minha alma, pois, não preciso mais preocupar-me em agradar a Deus com meus atos e tal. Ele só se agrada de mim através da minha fé. O único caminho para agradar a Deus é através da fé.


Então se eu creio em Cristo e no que seu sacrifício vicário me proporciona, posso me posicionar diante de Deus como filho e agradá-lo como tal, deixando-o agir através de mim e assim dando prazer a ele.

Afinal Deus está cansado de saber quem eu sou, e eu também. O que importa na nova caminhada com Deus é saber quem Deus é, e quem posso ser em Deus. Essa caminhada constante no aprender de Deus e de si mesmo gera transformação de vida a cada passo, a cada etapa vencida nessa nova vida.

E quanto mais se caminha, se cresce, amadurece. Nesse ínterim, Deus tem prazer em nós. Deus sabe quem somos, sabia mesmo antes de nascermos. E ainda assim nos escolheu para o seu prazer. “Quanto aos santos que há na terra, são eles os notáveis nos quais tenho todo o meu prazer”. (salmos 16:3).

Você pode dizer: ah! Mas aqui ele fala de santos que há na terra. Pois, é isso mesmo. Santos somos nós. Cada um de nós que passou pelo processo de transformação radical do pensamento, transformação do homem interior, através da salvação por meio de Jesus.


Vamos falar um pouco sobre santidade. A palavra hebraica para santo é qadosh que quer dizer separado, destacado. Portanto, santo quer dizer separado por Deus e para Deus. Mas a santidade é só Deus quem pode produzir. Só Deus pode escolher e separar os que ele quer.

Então não há nada que eu possa fazer para ser santo. Nem estar aberto a isso. Pois a Deus pertence tanto o agir como o realizar. Agora, posso escolher o que fazer a partir dessa informação.

Como? Sendo simplesmente eu. Sendo o eu que Deus quer que eu seja. Ou eu creio que Deus é poderoso para me amar como sou e me transformar de acordo com sua vontade para seu prazer, ou continuo me maltratando e negando a perdoar a mim próprio deixando de dar prazer a Deus e deixando de ter prazer nele e em todo o resto.

Aí a pessoa fica de mal com vida. Sabe aquela pessoa amarga que nada a contenta, que nunca consegue nada e quando consegue; não valoriza, não lhe dá prazer. Pois é! isso é a falta de perdão. Não de Deus, mas de si próprio.

Muitas pessoas se encontram nessa situação por uma compreensão errônea do evangelho. Um evangelho barato, sem cruz, pregado por igrejas onde a prioridade é a arrecadação dos dízimos e a escravização das mentes; ao sistema religioso, ao medo do diabo e seus demônios, e a manifestações de sinais e maravilhas nem sempre genuinamente divinas.


Como posso dar prazer a Deus ou ser para o seu prazer se não tenho sequer prazer em viver ou em Deus e em mim próprio?
Não estou fazendo apologia ao hedonismo, muito pelo contrario, o prazer de Deus e em Deus traz como conseqüência o prazer às mínimas coisas em nossa vida.


E como mudamos ao saber que somos para o prazer de Deus! Ao saber que não importam as coisas que fazemos de errado, que vamos continuar errando enquanto viver, mas que isso não interfere em nada o que Deus pensa de nós, nos sentimos aliviados e leves. E isso é maravilhoso!

Não há nada que eu possa fazer que venha a ser uma surpresa a Deus. Deus sabe de tudo de antemão. Afinal ele é onisciente. E a presciência de Deus sobre mim o impede de ser pego de surpresa quando faço algo ruim.

Ele sabe de tudo e mesmo assim me amou e me escolheu. Fez isso porque é poderoso para me transformar naquilo que ele quer que eu seja e assim ter prazer em mim. Não no eu terminado, mas durante todo o processo pelo qual passo e passarei ele terá prazer em mim.


Quando a igreja entende isso Deus passa a ter prazer nela. E enquanto ela não entende isso, além de não dar prazer a Deus, não tem prazer em Deus e muito menos no servir a ele e a comunidade ou ao próximo.

Torna-se uma igreja apática, hipócrita, morna, insípida e geralmente abastada ou com pastores bem servidos financeiramente.
Somos os únicos seres capazes de dar prazer a Deus. Deus tem prazer em toda a criação por tê-la criado. Mas, nós podemos dar prazer a Deus quando agimos em favor da criação.


Outra coisa que dá prazer a Deus é a prosperidade do justo. “Cantem de júbilo e se alegrem os que têm prazer na minha retidão; e digam sempre: Glorificado seja o SENHOR, que se compraz na prosperidade do seu servo!” (salmos 35:27)


Quem é justo? Todo aquele que foi por Deus justificado através do sacrifício vicário de Cristo.

O que é prosperidade? É não ter falta de nada que seja necessário para se ter uma vida regalada nesta terra. E isso não diz respeito somente às finanças, mas sim em todos os sentidos. Sejam: conhecimento, amizades, alimento, vestimenta, lazer, ou prazer.

By Fabrício Canalis+

Nenhum comentário: